O detalhe que
costura a história
Entendemos que as escolhas sensíveis não se resolvem ao final de um projeto. Elas existem desde o início. Cada escolha carrega a potência de uma narrativa.
A maçaneta que pesa na mão. A luminária que se integra ao painel. O corte da madeira que se repete sutilmente em outros móveis. São essas decisões
(às vezes mínimas) que fazem com que o espaço pertença a quem o habita.
A cada escala do projeto, algo se revela.
O espaço que já tomou forma e função, agora ganha textura, gesto e intimidade.
A escala que chamamos de menor é, muitas vezes, a mais íntima. É nela que o projeto revela o que carrega de único. E é nesse instante que o acabamento se torna linguagem, e a técnica, expressão.
"O gosto pelas coisas bem amarradas precisa ser pensado, de maneira dinâmica, desde o início: à medida que se costura minúcias dentro de escalas arquitetônicas, nossa prioridade muda conforme o uso revela novas exigências, e o espaço passa a responder com mais precisão à vida que o ocupa"
Roberta Alecrim
Diretora Geral
Projetar é também costurar: arte e técnica, estrutura e superfície, intenção e execução. As decisões menores; um friso, uma dobra, uma união entre materiais não são acessórios: elas traduzem, com precisão, o valor intangível que move o projeto. É esse movimento que traz ao espaço o pertencimento.
Na menor das escalas, o projeto continua sendo arquitetura. Mas agora é também presença, afeto, proximidade.
Às vezes é preciso inventar novas formas. Em outras, por uma escuta atenta, trazer à tona aquelas que revelam, em silêncio, quem vai viver o espaço. Projetar até o detalhe é assumir que a arquitetura não se encerra na forma. Ela se estende no uso, no contato, na repetição. É nesse nível de precisão que o projeto revela outra face da sua identidade.
